Quinto título de poesia da chancela Narrativa, com ilustrações de Sofia Paulino.
Contam-se vinte epopeias sentimentais, originalmente lavradas num código arcano que se esconde na cadência das palavras. Terá sido estipulado que este idioma antigo nunca fosse expresso por meio de sons, apenas por símbolos que se desenham na alma, pois só aí podem ser decifrados.
Das imagens se criam estrofes, que mais não são do que lamentos e desejos, suspiros e clamores, segredos e desabafos, de quem tem a coragem de amar. Nos seus versos, repousa a centelha sempiterna do amor, a causa primária de onde tudo nasce e de onde tudo se cria.
Estes poemas são preces. Invocam aquilo que não encontra substância nas ideias, ou forma nas letras, elevando o pensamento para que viaje por ares e mares, e quebre as barreiras do tempo, atravessando dimensões e chegando a novos mundos, fundindo aquilo que é com aquilo que o faz ser.