A ideia de vida após a morte abandonou a mente de Kurt Vonnegut. Em Deus o Abençoe, Dr. Kevorkian, o autor transita entre a vida e a vida após a morte como se a diferença entre os dois conceitos fosse mínima. Em trinta «entrevistas» estranhas, Vonnegut viaja pelo «túnel azul até aos portões adornados com pérolas» encarnado como repórter para uma rádio estatal, e conduz entrevistas com: Salvatore Biagini, um construtor civil reformado que morre de ataque cardíaco enquanto salvava o seu schnauzer dos dentes de um pit bull; John Brown, 140 anos após a sua morte por enforcamento; William Shakespeare, que é sarcástico para com Vonnegut da forma errada; e o socialista e líder dos trabalhistas Eugene Victor Debs, um dos heróis de Vonnegut, entre muitos outros, tais como Mary Shelley, Isaac Newton, Adolf Hitler e Isaac Asimov.
O que começou como uma série de interlúdios de noventa segundos de rádio para a WNYC, a estação de rádio pública de Nova Iorque, evoluiu para esta colecção provocadora de reflexões sobre para quem e para que vivemos, e o quanto isso é importante no fim da vida.