Maio de 1915. Alfie e o seu pai encontram uma menina de cerca de doze anos numa ilha desabitada das Ilhas Scillies – ferida, com sede, perdida, e sem qualquer memória. Consegue apenas pronunciar uma palavra: Lucy. De onde será que ela veio? Será uma sereia, será uma vítima de um submarino alemão, ou até mesmo – como sugerem alguns habitantes das ilhas – uma espia Alemã? Uma coisa é certa: a menina adora música e adora o luar, e nos momentos em que ouve o seu gramofone podemos vislumbrar a menina que foi em tempos. A Primeira Grande Guerra está ao rubro, cresce o medo e a suspeita, e Alfie e Lucy estão mais do que nunca sob ameaça. Mas, à medida que começamos a saber mais sobre a história de Merry, uma menina que embarcava num grande navio e atravessava perigosamente o oceano, passamos a ouvir outra melodia dentro da grande sinfonia – e a música começa a tornar-se a solução... Um belíssimo tour de force entre família, amor, guerra e perdão, esta é uma grande obra do autor de Cavalo de Guerra – dentro da qual, o que está perdido pode por vezes ser encontrado e renovado pela maré.